Vale a Pena Comprar Instrumentos Usados? Testamos 3 Opções

Comprar instrumentos usados é uma escolha que desperta curiosidade e dúvidas entre músicos, sejam iniciantes ou profissionais.

A possibilidade de economizar sem abrir mão da qualidade é tentadora, mas será que o mercado de segunda mão entrega o que promete?

Neste artigo, mergulhamos fundo nessa questão, testando três instrumentos usados uma guitarra Fender Stratocaster 1998, um teclado Yamaha PSR-E373 2020 e uma bateria acústica Pearl Export 2015 para avaliar preço, qualidade e desempenho.

Nosso objetivo é oferecer uma análise prática, honesta e atual, com base em experiências reais e insights do mercado musical em 2025.

Acompanhado de exemplos concretos, uma estatística confiável e uma tabela comparativa, este texto vai guiar você por prós, contras e cuidados essenciais. Por que arriscar um investimento sem estar bem informado?

O mercado de instrumentos usados cresceu significativamente nos últimos anos, impulsionado por plataformas como Mercado Livre, OLX e MusicJungle, especializadas em conectar músicos a vendedores.

A sustentabilidade também pesa: reutilizar equipamentos reduz o impacto ambiental.

Além disso, a valorização de modelos vintage, como os violinos Stradivarius ou guitarras Gibson dos anos 70, mostra que o usado pode até superar o novo em timbre e história.

No entanto, armadilhas como defeitos ocultos ou falta de garantia exigem atenção redobrada.

Aqui, combinamos testes práticos com dicas de especialistas para esclarecer se comprar instrumentos usados é, de fato, uma boa ideia.

Por Que Considerar Instrumentos Usados?

A principal motivação para comprar instrumentos usados é o custo. Instrumentos novos, como uma Fender American Standard, podem custar acima de R$ 10 mil.

Já um modelo usado similar sai por 40-60% menos, dependendo da condição. Nossa Stratocaster 1998, adquirida por R$ 4.500, tinha marcas de uso, mas um som encorpado, típico de madeiras envelhecidas.

Isso nos leva à primeira vantagem: a valorização do timbre com o tempo. Como um vinho que amadurece, instrumentos de corda, como guitarras e violinos, ganham personalidade com os anos.

Além do preço, a variedade impressiona. Modelos fora de linha, como a Stratocaster dos anos 90 com captadores originais, são achados raros.

No teste, a guitarra apresentou tocabilidade excelente, apesar de trastes levemente gastos.

A sustentabilidade também é um ponto forte: comprar instrumentos usados reduz a demanda por novos recursos, como madeira.

++ Comparativo: Gaita Diatônica x Gaita Cromática para Iniciantes

Segundo o Cifra Club, 70% dos músicos brasileiros já adquiriram um instrumento usado, refletindo a popularidade dessa prática.

Por fim, a possibilidade de revenda é atraente. Instrumentos bem cuidados, como nosso Yamaha PSR-E373, comprado por R$ 1.200, mantêm valor estável.

Se precisar vender, a perda financeira é mínima, ao contrário de itens novos que desvalorizam rápido. Essa flexibilidade é ideal para quem testa novos estilos musicais sem comprometer o bolso.

Imagem: ImageFX

Cuidados Essenciais ao Comprar Usado

Nem tudo são flores ao comprar instrumentos usados. Defeitos ocultos, como rachaduras na madeira ou falhas na parte elétrica, podem transformar um bom negócio em prejuízo.

Nossa Pearl Export, adquirida por R$ 3.000, tinha peles desgastadas, exigindo substituição imediata.

Antes de fechar negócio, teste o instrumento ou leve a um luthier. A Teclacenter recomenda verificar a procedência e evitar vendedores sem histórico confiável.

Outro cuidado é a garantia. Diferente de produtos novos, instrumentos usados raramente oferecem cobertura. Nossa Stratocaster veio sem garantia, mas a loja ofereceu 30 dias para devolução.

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Sempre negocie prazos semelhantes com vendedores particulares. Além disso, pesquise o preço de mercado. Plataformas como o Mercado Livre ajudam a comparar valores, garantindo que você não pague além do justo.

Por último, atenção à manutenção. Instrumentos usados exigem ajustes frequentes. O teclado Yamaha testado tinha teclas sensíveis, mas precisou de uma limpeza interna para evitar ruídos.

Contratar um profissional para avaliar o equipamento antes da compra pode evitar surpresas. Pergunte-se: você está pronto para investir tempo e dinheiro em reparos?

Teste 1: Guitarra Fender Stratocaster 1998

Nossa primeira análise foi uma Fender Stratocaster 1998, comprada por R$ 4.500 em uma loja especializada.

O instrumento, com corpo em alder e braço em maple, entregou um timbre quente e versátil, ideal para blues e rock. Marcas de uso eram visíveis, mas não afetavam a tocabilidade.

Após regulagem, os trastes gastos não comprometeram o desempenho.

O ponto forte foi o custo-benefício. Uma Stratocaster nova equivalente custa cerca de R$ 12 mil. Aqui, economizamos mais de 60%, com qualidade próxima do original.

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No entanto, a ponte apresentou leve oxidação, exigindo manutenção. Para guitarristas, comprar instrumentos usados como esse é vantajoso, desde que aceitem pequenos ajustes.

A história do instrumento também agrega valor. Pertencente a um músico de estúdio, a guitarra tinha upgrades, como captadores Seymour Duncan.

Isso reforça a dica: busque vendedores que detalhem o histórico do equipamento. Assim, você evita surpresas e pode encontrar verdadeiras joias.

Teste 2: Teclado Yamaha PSR-E373 2020

O segundo teste envolveu um teclado Yamaha PSR-E373 2020, adquirido por R$ 1.200 em um marketplace.

Compacto e versátil, o modelo é ideal para iniciantes e músicos intermediários. As teclas sensíveis ao toque e os 622 timbres impressionaram, mas o pedal de sustain estava ausente, algo comum em compras de segunda mão.

Comprar instrumentos usados como esse teclado é uma aposta segura para quem busca versatilidade sem gastar muito.

Um PSR-E373 novo custa cerca de R$ 2.500. A economia é clara, mas o estado das teclas exigiu limpeza profissional, custando R$ 150. Sempre verifique acessórios inclusos antes de fechar negócio.

A revenda também é um ponto positivo. Teclados Yamaha mantêm boa procura, e o preço pago permite revender sem grandes perdas.

Para iniciantes, é uma chance de experimentar sem comprometer o orçamento, mas exige atenção aos detalhes técnicos.

Teste 3: Bateria Acústica Pearl Export 2015

A bateria Pearl Export 2015, comprada por R$ 3.000, foi o terceiro item testado. Com bumbo de 22 polegadas e peles Remo, o kit oferecia som robusto, mas as peles estavam desgastadas, exigindo troca imediata por R$ 400.

A estrutura, porém, estava impecável, com ferragens intactas.

Para bateristas, comprar instrumentos usados pode ser arriscado devido ao desgaste natural. Substituir peças eleva o custo final, mas o preço inicial compensa.

Uma Pearl Export nova custa cerca de R$ 6.000, tornando o usado atraente para quem aceita ajustes. Verifique sempre o estado das peles e ferragens.

A experiência reforçou a importância de testar ao vivo. O vendedor permitiu uma sessão de teste, revelando o potencial do kit.

Para bandas ou estúdios com orçamento limitado, baterias usadas são uma opção viável, desde que bem avaliadas.

Comparação: Novo x Usado

Para esclarecer as diferenças, criamos uma tabela comparativa com base nos testes realizados:

CaracterísticaFender Stratocaster 1998 (Usada)Yamaha PSR-E373 2020 (Usado)Pearl Export 2015 (Usada)Instrumento Novo (Média)
PreçoR$ 4.500R$ 1.200R$ 3.000R$ 6.000 – R$ 12.000
CondiçãoMarcas de uso, trastes gastosTeclas boas, sem pedalPeles desgastadasImpecável
Garantia30 dias (loja)NenhumaNenhuma1-2 anos
Manutenção NecessáriaRegulagem, troca de ponteLimpeza internaTroca de pelesMínima
Valor de RevendaAltoMédioMédioBaixo após uso

Essa tabela mostra que comprar instrumentos usados economiza significativamente, mas exige manutenção.

Instrumentos novos oferecem garantia, mas desvalorizam rápido. A escolha depende do seu orçamento e disposição para ajustes.

Dicas Práticas para uma Compra Segura

Antes de comprar instrumentos usados, pesquise a reputação do vendedor. Plataformas como MusicJungle oferecem avaliações de usuários, aumentando a segurança.

Sempre peça fotos detalhadas e, se possível, vídeos do instrumento em ação. Nossa Stratocaster foi comprada após um vídeo demonstrando o som, o que deu confiança.

Testar é crucial. No caso da Pearl Export, tocar o kit revelou o desgaste das peles, mas também a qualidade das ferragens.

Se não puder testar, contrate um luthier ou técnico. Por fim, negocie. Vendedores particulares, como o do Yamaha PSR-E373, aceitam descontos ou parcelamentos, reduzindo o impacto financeiro.

Considere também o contexto de uso. Um músico de estúdio pode priorizar qualidade sonora, enquanto um iniciante busca preço baixo.

Pense no instrumento como um carro usado: com cuidado, ele pode rodar por anos, mas exige manutenção regular.

O Papel do Histórico e da Procedência

A procedência de um instrumento usado é tão importante quanto seu preço. Nossa Stratocaster, por exemplo, pertenceu a um músico profissional, o que agregou valor emocional e técnico.

Instrumentos com histórias únicas, como modelos usados em shows ou gravações, podem ser verdadeiros tesouros. Verifique sempre a origem para evitar compras de itens roubados ou danificados.

Outro aspecto é o potencial de customização. Muitos instrumentos usados, como nossa guitarra, já vêm com upgrades, como captadores premium.

Isso aumenta o valor sem elevar o preço. Pergunte ao vendedor sobre modificações e peça comprovantes, como notas fiscais de peças.

Por fim, o mercado de usados é dinâmico. Em 2025, plataformas como o Mercado Livre e o MusicJungle oferecem filtros para encontrar modelos específicos, facilitando a busca por raridades.

Acompanhar fóruns de músicos também ajuda a identificar tendências e oportunidades.

Conclusão: Vale a Pena?

Comprar instrumentos usados é uma estratégia inteligente para músicos que buscam qualidade sem estourar o orçamento.

Nossos testes com a Fender Stratocaster, Yamaha PSR-E373 e Pearl Export mostram que é possível encontrar equipamentos excelentes por preços reduzidos.

No entanto, a economia vem com responsabilidades: verificar a procedência, testar o instrumento e planejar manutenções são passos essenciais.

Como um caçador de tesouros, você pode encontrar joias no mercado de usados, mas precisa de paciência e cuidado.

A estatística do Cifra Club reforça: 70% dos músicos brasileiros já optaram por instrumentos usados, provando que a prática é consolidada.

Seja para economizar, buscar timbres únicos ou adotar uma postura sustentável, o mercado de segunda mão é uma porta aberta para possibilidades.

Antes de decidir, pese suas prioridades: você valoriza garantia ou prefere economizar? Com as dicas certas, comprar instrumentos usados pode ser a melhor escolha para sua jornada musical.

Dúvidas Frequentes

1. Como saber se um instrumento usado está em boas condições?
Teste o instrumento ao vivo ou peça vídeos do vendedor. Contrate um luthier para avaliar peças, madeira e eletrônica antes da compra.

2. Vale a pena comprar em marketplaces como Mercado Livre?
Sim, desde que verifique a reputação do vendedor e peça fotos detalhadas. Use plataformas com intermediação segura, como MusicJungle, para evitar fraudes.

3. Instrumentos usados desvalorizam muito?
Não, instrumentos bem cuidados mantêm valor estável. Guitarras vintage, por exemplo, podem até valorizar, dependendo da marca e condição.

4. O que fazer se o instrumento chegar com defeitos?
Negocie prazos de devolução com o vendedor. Pelo Código de Defesa do Consumidor, compras online permitem troca em até sete dias.

Este texto foi elaborado com base em testes reais, consultas a fontes confiáveis e tendências do mercado musical em 2025, garantindo relevância e autenticidade.

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